quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O Leitor


O inimigo, sou eu.
Por que não você?
Se atenha somente ao que possa ver.

Que tal uma faca,
Meu nobre João.
Talvez uma espada,
Leandro e a escrita.
Uma faca e uma espada,
Rodrigo se agita!

E a morte acontece.
E o sangue padece.

No escuro, sussura,
Sussura João.
Sussura, sussurra,
Com a faca na mão.

sábado, 1 de agosto de 2009

O Ingresso


Com a botina e a bota
E na viola, a palheta.
Chorando em todas as cordas.
O grave é bom! É porreta!

Um sertanejo tão sério
Nunca foi bom peão.
Sem Maria Bonita,
Vive na escuridão.

Eu choro mesmo, meu filho!
Sou cabra forte, meu irmão!
Sou sertanejo do Norte
Com mel, cachaça e limão!

E se a sanfona está triste.
O sanfoneiro é sem tom.
Minha pegada é firme.
Um som daqueles! Trem bom!

Minha viola sozinha
Já dá um caldo grosseiro.
Sol Menor, Sol Maior.
Um Sol direito com jeito.

E se na fome, eu surgí.
Na esbórnia, curtí.
Mesmo assim, eu vencí.
E logo alí, eu pensei:

Nessa peleja da vida,
Na faculdade, ingressei.
Chorando em todas as cordas.
Mais uma vez, eu chorei!