terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Véspera de Natal
Papai Noel, quem diria,
Nunca jogou seu saco de brinquedos
Na janela do quintal.
Mamãe Noel, quem diria,
Nunca jogou seus doces e confeitos,
Na janela do quintal.
Sempre fui o esquecido.
Só porque sou brasileiro,
Só porque não tenho dinheiro.
Nessa Véspera de Natal,
Improvisarei um chinelinho;
Colocarei bem no cantinho
Da janela do quintal.
Fingirei que estou quietinho.
Fingirei que estou dormindo.
Chega logo, bom velhinho,
Na janela do quintal.
Mais um Natal.
sábado, 20 de dezembro de 2008
Jóia Inquieta
Uma jóia bem quietinha,
Pintada de ouro,
Num formato bem distinto,
Surgiu no meio do meu caminho.
Pintada de ouro,
Uma jóia bem quietinha,
Num formato bem distinto,
Surgiu no meio do meu caminho.
Pintada de ouro,
Num formato bem distinto,
Uma jóia bem quietinha,
Surgiu no meio do meu caminho.
Pintada de ouro,
Num formato bem distinto,
Surgiu no meio do meu caminho,
Uma jóia bem quietinha.
Uma jóia bem quietinha,
Uma jóia bem quietinha.
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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Bom Dia
Bom dia,
Minha linda amiga,
Minha nobre amiga,
Minha especial amiga,
Minha primeira amiga,
Minha mais do que amiga.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
sábado, 22 de novembro de 2008
O Gosto pelo Inconseqüente
O futuro me pertence.
Sou tão tímido
E medroso
E ciente
Que pareço até ausente.
Posso ser tudo, tudo mesmo,
Menos inocente!
Um cara que consente...
Um homem inconseqüente...
Tudo! Menos inocente.
E não é que a inocente gosta do inconseqüente!
Gosto surpreendente.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Identidade Secreta
(Construirei esta poesia em 4 minutos)
Não estou afim de pensar
Não estou afim de escrever
Só porque num dia triste e monótono
Fui logo conhecer você...
Ah Priscila, deixa disso!
Não é com você!
Pra que vestir uma blusa verde
Se essa cor não combina... É com você!
Muito flerte
Para um nobre cavalheiro...
Ah escritor, deixa disso!
Esse não é você!
Que tal uma festa hoje pra animar
Ou até desfalecer?
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Dueto
Renato cantava
Limpo e sereno
Sossegado e com sentimento
E acompanhado pelo frio vento.
Renata cantava
Limpa e serena
Sossegada e com sentimento
E acompanhada pelo frio vento.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Viagem ao Céu
Quero ser prosaico.
Cantar por cantar,
Pular por pular,
Brincar por brincar
Porque a felicidade,
Em meu coração,
Persiste em ficar.
Viver por você,
Viver com você,
E ao céu retornar
Porque aqui é tão lindo,
Que o tempo não passa...
E eu sou tão criança
E eu sou tão adulto
E eu sou tão centrado,
No céu estrelado,
Que penso em ficar.
Quero ser prosaico.
No meio do céu,
Um olho estrelado
Tão claro, tão lindo,
Mexeu com todos,
Todos os meus sentidos.
Na chuva, voltei
E lágrimas sentí
Quando ao meu lado
Estava você
Exclamando as noites em claro
Que ficou por aqui.
Por Deus, compreendí
E lágrimas sentí...
Voltei por você.
O meu céu é aqui.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Questionando o Amor
Que tal encarar um sentimento verdadeiro?
Ódio do medo de encarar um amor verdadeiro...
Aquele amor bem traiçoeiro,
Sorrateiro e estrangeiro,
Com sotaque veraneio, simples e passageiro,
Um amor árcade, contemporâneo e bem maneiro
Desse autor que finge escrever bonito, mas que no fundo
Quer escrever sempre desse jeito. Com você, o tempo inteiro.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Sonho Pretérito
Tanta bobagem...
Bobeira! Besteira!
Que tal uma moça festeira?
Que nada, estou fora!
Quero uma garota recatada,
Comportada, sossegada.
Ah, pura lorota!
Por que você persiste,
Invoca, reclama da garota que namora?
Justamente. Ela é recatada,
Comportada, sossegada...
Tudo o que, um dia, sonhava.
Exato, sonhava.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Ilusão
Estou orgulhoso de você.
Pra que se render, buscar ou enaltecer?
Iludido. Ilusória!
Presa de hipocrisia, contraditória.
Pura falta de oratória.
Quero muito, quero tanto?
Talvez, um mero soluçar; portanto.
sábado, 30 de agosto de 2008
Carpe Diem
Essa disputa de importâncias
Vale nada!
Se eu fosse importante,
Importava?
Vou dar um pulinho em Pasárgada.
Aquilo lá que é terra boa,
Coisa rara!
Nesse mundo do faz tudo,
Faço nada!
Não dá tempo pra sentir,
Importava?
E minha Marília passa.
sábado, 23 de agosto de 2008
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Terra do Nunca
Agora sim!
Triste homem que acompanha um sorriso sem fim.
Na Terra do Nunca, a alegria é ilusória.
O comportamento é calculado.
De forma errônea, matematicamente aplicado
Na inequação de um sentimento, que persiste resultar em um:
Agora sim!
Triste homem que acompanha um sorriso sem fim.
Ainda me lembro do dia em que fui tragado para a Terra do Nunca.
Avistei a segunda estrela... Por que levitei à direita?
A incondicionalidade cega da mãe natureza coincide,
Com pezar, na inequação que persiste em maltratar.
E o inteligente homem enxerga o mais tardar:
Agora sim!
Triste homem que acompanha um sorriso sem fim.
domingo, 17 de agosto de 2008
A Vida de Poeta
A vida de poeta é ritmada.
Para escrever saudade, reverencio Buarque
Lava os olhos meus!
A vida de poeta é velharia.
Para escrever romance, reverencio o Último
Pra te acompanhar!
A vida de poeta é engenharia.
Para escrever morte e vida, reverencio Neto
Triste alma severina!
A vida de poeta é açucarada.
Para escrever com doçura, reverencio Couto
Espalho os meus lápis de cor!
A vida de poeta é única.
Para escrever nostalgia, reverencio o Poeta
Encerrando a poesia!
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Mundo à Carioca
O mundo está feio.
No caderno MUNDO,
Um desespero!
O Brasil está em um inquieto alvoroço.
Nas páginas de ECONOMIA,
Um destempero atrás do outro!
O Rio de Janeiro está agitado demais.
Nas linhas da CIDADE,
Um susto a mais!
O carioca está tranqüilo.
No PROSA E VERSO,
Um livro - Biografia do Rio.
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quarta-feira, 13 de agosto de 2008
O Futuro de Mariana
Mariana não agüentava seus pais.
Fizera amizades tão especiais,
Que não queria, de fato, deixá-las pra trás.
Mariana é refém da incerteza.
Um esforço tão árduo para uma ínfima chance.
Largar a certeza é arriscar em um futuro importante.
A amizade é o berço da lealdade.
- Nunca sentir-se-á sozinha!
E lá foi Mariana para Lisboa.
Quem dera ela soubesse... Continua minha amiga e médica.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Guerra contra Ares
Deusa da beleza,
O reflexo da natureza.
Uma escultura grega
Operante. Realeza.
Deusa do amor,
Arco-íris da minha vida,
Feita de pérolas raras.
Pétalas compreendidas.
Minha Afrodite,
Essa espada foi especialmente preparada.
É com ela que iniciarei a batalha predestinada,
Porque Zeus já informou quem conquistará seu coração.
Tentarei atingir o inatingível.
Burlarei o futuro, a sabedoria do mais sábio.
Vencerei a guerra contra o deus da guerra.
De alguma forma, eu sinto. Sinto.
domingo, 10 de agosto de 2008
Chorinho
O choro é alegria.
O choro é tristeza.
O choro é angústia.
O choro é dureza.
O choro é música.
O choro é moleza.
O choro de amizade...
O choro de saudade...
A tranqüilidade.
O choro é covardia!
O choro é pureza.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Vocação pra Detetive - Solução para o Mistério
Descubra quem fora o assassino:
João, Leonardo ou Zé Firmino?
Zé Firmino era enfermeiro.
Leonardo, jornalista.
João, cozinheiro.
- Escritor, por favor, uma pista!
- Já dei duas pistas.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Beijo de Língua
Ah, que lindo beijo!
De forma plena,
Nossos lábios se tocaram.
Maldita intrusa,
A Língua!
Se não fosse ela,
Gostosa e tagarela,
Asseguraría amor eterno.
Tudo, por aquele beijo.
Tudo, pelas bobagens da Língua.
Ah, que lindo beijo!
Não some com o tempo.
Até hoje, ele fala por dentro.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Logo Existo
"Santa Inquisição.
Por Deus, ordeno:
Prendam-no! Sem objeção.
Não há mais dúvidas,
O réu é culpado.
A pena prevista:
Mil anos calado."
Arrancaram minha língua.
Porém, conservaram minhas mãos.
Mal sabem eles... Deixaram pena e tinta aqui na prisão.
Daqui, o Sol não é quadrado.
Nesses versos, ainda vivo
E juro ao verdadeiro centro:
Nunca calarão o meu pensamento.
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Recíproca do Buquê - Primeira Namorada
Pergunte, oh minha amada:
Qual o sentido de lhe dar um buquê?
Parece muito com chocolate
A textura, o gosto é de entorpecer.
(Na alvura da sua pele, um cheiro de enlouquecer.)
Pergunte, oh minha amada:
Qual a sensação de lhe dar um buquê?
Parece muito com o pôr do sol
Abraçado e agarrado e colado em você.
(Não tem coisa melhor, bem juntinho de você.)
Pergunte, oh minha amada:
Qual o porquê de lhe dar um buquê?
Parece muito com o infinito
Inatingível, incontável, indefinido.
(Procuro e não acho. Procuro, não acho. Não existe um simples porquê.)
Responda, oh minha amada:
Qual o tempo de lhe dar o buquê?
Parece muito com algo clássico...
Talvez, um resumo de tudo que acho.
Em um momento imponderável.
(Estou apaixonado por você.)
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
domingo, 3 de agosto de 2008
O Pior dos Feitiços
Uma bruxa malvada
Tirou de Antônio
O poder de sonhar.
Pobre Antônio...
Se não pode sonhar,
O que, dele, será?
Coitado do Antônio...
Não é mais humano,
Enquanto o feitiço durar.
sábado, 2 de agosto de 2008
Cartinha do Mas
Distância é uma simples palavra,
Que impede a fala,
Mas não a escrita.
Escrevo-lhe esta carta,
Não por ser a única alternativa;
Mas sim, por ser de matéria
E como possui amor, é sentida.
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